A saúde digital provoca uma disrupção no processo de ensino-aprendizagem em saúde.

Por exemplo, no que se refere à plataformas educacionais, destacamos o Prontuário Eletrônico da Pessoa Educacional (edPEP).  Várias pesquisas (1,2,3) apontam que a principal barreira para o uso do prontuário eletrônico da pessoa (PEP) é a escassez de experiências de ensino-aprendizagem-avaliação nos cursos de graduação, assim como a falta de treinamento ou de capacitação dos profissionais de saúde que interagem com o prontuário. 

A falta de um prontuário de saúde para fins educacionais constitui o problema a ser enfrentado e, neste sentido, o desenvolvimento de uma plataforma, com um ou mais modelos de prontuários eletrônicos para o processo ensino-aprendizagem-avaliação de forma interprofissional é um problema a ser resolvido por meio de tecnologias digitais de informação e comunicação já disponíveis.  

O Prontuário Eletrônico da Pessoa Educacional (edPEP) constitui uma via ética para o ensino, treinamento e capacitação quanto ao registro eletrônico clínico orientado para problema (ReCOP), uma vez que a tecnologia digital permite maior acessibilidade, ao tempo em que cria condições seguras para o aprendizado sobre a documentação das informações durante o encontro clínico . 

O edPEP permite criar uma variedade de experiências de simulação clínica, a saber: avaliação do(a) paciente, tomada de decisão e documentação, entre outras . Igualmente, possibilita o ensino do raciocínio clínico em um ambiente seguro sem a preocupação de causar danos a pacientes reais (4). 

Na Universidade Federal Fluminense, este recurso está disponível como o Prontuário Eletrônico da Pessoa Simulado (PEPSim).

Referências 

[1] Costa, Jose Felipe Riani e Portela, Margareth Crisóstomo Percepções de gestores, profissionais e usuários acerca do registro eletrônico de saúde e de aspectos facilitadores e barreiras para a sua implementação. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2018, v. 34, n. 1 [Acessado 7 Abril 2021] , e00187916. Disponível em: . Epub 05 Fev 2018. ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-311X00187916
[2] Gonçalves João Paulo Pereira, Batista Larice Rodrigues, Carvalho Larissa Mendes, Oliveira Michelle Pimenta, Moreira Kênia Souto, Leite Maísa Tavares de Souza. Prontuário Eletrônico: uma ferramenta que pode contribuir para a integração das Redes de Atenção à Saúde. Saúde debate [Internet]. 2013 Mar [cited 2021 Apr 07] ; 37( 96 ): 43-50. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042013000100006&lng=enhttps://doi.org/10.1590/S0103-11042013000100006.  
[3] Patrício, C. M., Maia, M. M., Machiavelli, J. L., & Novaes, M. de A. (2011). The electronic patient record in the Brazilian health system: is it a reality for physicians? [Abstract in English]<\b>. Scientia Medica, 21(3), 121-131. Retrieved from https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/8723 
[4]Cruz, Isabel CF da. Electronic Medical Record (EMR): brief state of the art on training strategies. Journal of Specialized Nursing Care, [S.l.], v. 13, n. 1, apr. 2021. ISSN ISSN 1983-4152. Available at: . Date accessed: 31 may 2021. 

Como citar:

Cruz, ICF da Prontuário Eletrônico da Pessoa Educacional (edPEP). NEPAE/UFF. Niterói, 27/11/2021. Disponível em https://nepae.uff.br/?p=2275

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