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Nossa filosofiaProfa. Dra. Isabel Cruz
Este curso tem como referencial a Justiça Reprodutiva que, conforme definição do Coletivo SisterSong, é “o direito humano de se manter a autonomia corporal pessoal, de ter filhos e de não ter filhos, e de educar os filhos que temos em comunidades seguras e sustentáveis” Isto posto: A- Compartilhamos os a filosofia do parto de Lamaze e todas as demais práticas que, com base em evidência, que reconhecem o protagonismo da pessoa gestante, seja cis ou trans, hetero ou homo: •O parto é normal, natural e saudável. •A experiência do parto afeta as mulheres e suas famílias (“pai” independe de gênero) •A intuição da pessoa gestante a guia no processo do parto. •A capacidade e a confiança da pessoa gestante em dar à luz são fortalecidas ou enfraquecidas conforme a atuação do profissional de saúde ou o local do parto, isto é, conforme o grau de controle de vieses opressivos do(a) profissional e de discriminações institucionais.
As mulheres cis ou não, homens trans, hetero ou homo, têm o direito de dar à luz livres de vieses e de discriminações de qualquer natureza
•O parto pode acontecer com segurança em Casas de Parto e lares.
•A educação para o parto empodera as pessoas gestantes para que elas tomem decisões devidamente informadas, assumam a responsabilidade por sua saúde e confiem na sua intuição.
B- Compartilhamos a filosofia Feminista, especialmente a Feminista Negra, que direciona as mulheres (cis, trans) que levam a sério o que querem, buscam informação, questionam e agem autonomamente para garantir os Direitos Humanos. Assim como os/as profissionais de saúde que levam a sério a experiência das mulheres e as respeitam como seres humanos que são (sem viés de raça, idade, capacidade, gênero, orientação sexual e qualquer outra categoria com potencial opressivo, ouvindo-as em seus anseios e dúvidas e também questionando modelos de atendimento pré-estabelecidos e não baseados em evidências científicas. C- Subscrevemos os Direitos das Pessoas Gestantes em Obstetrícia 1. Direito a exigir informações e explicações compreensíveis 2. Direito a partilhar das decisões relativas às intervenções 3. Direito de escolher sobre como elas querem parir 4. Direito de ter seus filhos junto no pós-parto (amamentação precoce e alojamento conjunto) 5. Direito de questionar as rotinas obstétricas e neonatais 6. Direito de serem ouvidas e respeitadas 7. Direito a um ambiente de parto agradável, seguro e tranquilizador (com a presença de um[a] acompanhante de sua escolha ou doula) 8. Direito a serem ativas durante o parto 9. Direito de gritar, andar e fazer tudo o que seus corpos, mentes e almas lhes sugerirem durante seu parto 10. Direito de assumir suas responsabilidades como pessoa adulta, a partir do recebimento de informações científicas que lhe propiciem uma escolha consciente. Referências BRASIL. Manual Perspectiva de Equidade na Atenção às Diferenças no Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal – Atenção às Mulheres Negras. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. https://deivissonlopes.files.wordpress.com/2013/07/perspectiva_equidade_pacto_nacional.pdf CRUZ, Isabel CF da. Reducing Black Women’s Death during Perinatal Period: Evidenced-Based Practice to Addressing Maternal Mortality in Brazil. Online Brazilian Journal of Nursing, [S.l.], v. 9, n. 1, apr. 2010. ISSN 1676-4285. Available at: <http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/j.1676-4285.2010.2786/642>. Date accessed: 21 june 2020. doi:https://doi.org/10.5935/1676-4285.20102786. Lamaze International, Inc. (2000). Lamaze philosophy of birth. Lamaze International, Inc. [On-line]. Available: http://www.lamaze.org/2000/about_lamaze.html. QG Feminista – Feminismo: por onde começar? junho, 2018. Disponível em https://medium.com/qg-feminista/feminismo-por-onde-come%C3%A7ar-f9256629053b
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