Profa. Dra. Isabel CruzNossa filosofia

Profa. Dra. Isabel Cruz

Este curso tem como referencial a Justiça Reprodutiva que, conforme definição do  Coletivo SisterSong, é “o direito humano de se manter a autonomia corporal pessoal, de ter filhos e de não ter filhos, e de educar os filhos que temos em comunidades seguras e sustentáveis”

Isto posto:

A- Compartilhamos os a filosofia do parto de Lamaze  e todas as demais práticas que, com base em evidência, que reconhecem o protagonismo da pessoa gestante, seja cis ou trans, hetero ou homo:

•O parto é normal, natural e saudável.

•A experiência do parto afeta as mulheres e suas famílias (“pai” independe de gênero)
pai não é visita

•A intuição da pessoa gestante a guia no processo do parto.

•A capacidade e a confiança da pessoa gestante em dar à luz são fortalecidas ou enfraquecidas conforme a atuação do profissional de saúde ou o local do parto, isto é, conforme o grau de controle de vieses opressivos do(a) profissional e de discriminações institucionais.

As mulheres cis ou não, homens trans, hetero ou homo, têm o direito de dar à luz livres de vieses e de discriminações de qualquer natureza

na hora de fazer não gritou

gestação parental

IMG: https://www.hypeness.com.br/2020/05/transgenero-divulga-fotos-do-parto-de-terceiro-filho-e-as-imagens-sao-lindas/

  • As pessoas gestantes têm o direito de dar à luz livres das intervenções médicas de “rotina”.

Sorinho? Deitar? Não, obrigada!

•O parto pode acontecer com segurança em Casas de Parto e lares.

Cesárea? Não!

•A educação para o parto empodera as pessoas gestantes para que elas tomem decisões devidamente informadas, assumam a responsabilidade por sua saúde e confiem na sua intuição.
Lamaze International, Inc. (2000). Lamaze philosophy of birth. Lamaze International, Inc. [On-line]. Available: http://www.lamaze.org/2000/about_lamaze.html .

mulheres feministas

IMG: https://revistamarieclaire.globo.com/Blogs/Debora-Diniz/noticia/2019/01/debora-diniz-nao-ha-como-ser-feminista-e-ser-contra-o-aborto.html

B- Compartilhamos a filosofia Feminista, especialmente a Feminista Negra,  que direciona as mulheres (cis, trans) que levam a sério o que querem, buscam informação, questionam e agem autonomamente para garantir os Direitos Humanos. Assim como os/as profissionais de saúde que levam a sério a experiência das mulheres e as respeitam como seres humanos que são (sem viés de raça, idade, capacidade, gênero, orientação sexual e qualquer outra categoria com potencial opressivo, ouvindo-as em seus anseios e dúvidas e também questionando modelos de atendimento pré-estabelecidos e não baseados em evidências científicas.

C- Subscrevemos os Direitos das Pessoas Gestantes em Obstetrícia

1. Direito a exigir informações e explicações compreensíveis

2. Direito a partilhar das decisões relativas às intervenções

3. Direito de escolher sobre como elas querem parir

4. Direito de ter seus filhos junto no pós-parto (amamentação precoce e alojamento conjunto)

5. Direito de questionar as rotinas obstétricas e neonatais

6. Direito de serem ouvidas e respeitadas

7. Direito a um ambiente de parto agradável, seguro e tranquilizador (com a presença de um[a] acompanhante de sua escolha ou doula)

8. Direito a serem ativas durante o parto

9. Direito de gritar, andar e fazer tudo o que seus corpos, mentes e almas lhes sugerirem durante seu parto

10. Direito de assumir suas responsabilidades como pessoa adulta, a partir do recebimento de informações científicas que lhe propiciem uma escolha consciente.

Referências

BRASIL. Manual Perspectiva de Equidade na Atenção às Diferenças no Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal – Atenção às Mulheres Negras. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. https://deivissonlopes.files.wordpress.com/2013/07/perspectiva_equidade_pacto_nacional.pdf

CRUZ, Isabel CF da. Reducing Black Women’s Death during Perinatal Period: Evidenced-Based Practice to Addressing Maternal Mortality in Brazil. Online Brazilian Journal of Nursing, [S.l.], v. 9, n. 1, apr. 2010. ISSN 1676-4285. Available at: <http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/j.1676-4285.2010.2786/642>. Date accessed: 21 june 2020. doi:https://doi.org/10.5935/1676-4285.20102786.

Lamaze International, Inc. (2000). Lamaze philosophy of birth. Lamaze International, Inc. [On-line]. Available: http://www.lamaze.org/2000/about_lamaze.html.

QG Feminista – Feminismo: por onde começar? junho, 2018. Disponível em https://medium.com/qg-feminista/feminismo-por-onde-come%C3%A7ar-f9256629053b

 


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