A partir do plano geral esboçado no post sobre Encontro Clínico Enfermeira(o)-Paciente com Covid 19, esta postagem explora um diagnóstico de enfermagem com foco na pessoa/família com covid-19 (independente do ambiente de tratamento)
A pessoa com troca de gases prejudicada apresenta excesso ou déficit na oxigenação e/ou na eliminação de dióxido de carbono ao nível da membrana álveolo-capilar.
O resultado esperado com as intervenções de enfermagem é 10033830 – Condição Respiratória, Eficaz (CIPE), ou seja, o(a) paciente manterá uma ventilação adequada.
Histórico de Enfermagem
Por meio da entrevista, os dados subjetivos possíveis de serem relatados são:
– cefaleia ao acordar
– dificuldade para respirar
– visão turva
– sonolência
Por meio do exame físico, os dados objetivos podem ser:
– dispnéia (o início geralmente é em torno do 6o. dia de infecção)
– respiração laboriosa (uso de músculos acessórios, por ex)
– confusão, inquietação e/ou irritabilidade
– pele de coloração azulada
– diaforese
– alteração na FR (ritmo, profundidade)
– taquicardia
Por meio de exames laboratoriais (ou com equipamento), outros dados objetivos são:
– alteração nos níveis de O2 (SpO2 por oxímetro de pulso) e/ou CO2
– gasometria arterial anormal
– exames de imagem consistentes com pneumonia viral
Documentação em domicílio
Para o registro diário (ou horário, dependendo da gravidade) dos sinais vitais, bem como para comunicação objetiva com a equipe de saúde: diário da covid-19
Identifique as possíveis causas de alterações para melhor ou pior com o plano de cuidado nos sinais vitais usando como recurso o escore de alerta precoce
Plano de cuidados
Auxiliar o(a) paciente nas atividades da vida diária, programando as atividades de cuidado pessoal de modo que haja períodos ininterruptos de descanso
– Enfermeira(o), conforme o escore total de alerta precoce, auscultar os sons respiratórios de hora em hora, ou intervalos maiores.
– Enfermeira(o), conforme o escore total de alerta precoce, monitorar frequência respiratória, profundidade e esforço
– Supervisionar a realização da fisioterapia respiratória, bem como as técnicas de exercícios respiratórios, ao menos 2x ao dia.
– Posicionar o(a) paciente em uma posição que melhor facilite a expansão torácica, a cada 2h.
– Enfermeira(o), por meio da técnica de método teach-back, ensine o(a) paciente a tossir e respirar fundo, recomendando-o(a) a fazê-lo a cada hora enquanto estiver acordado(a)
– Administre os medicamentos prescritos e monitore o efeito.
– Administre os tratamentos nebulizadores, conforme prescrito, e monitore a resposta do(a) paciente.
– Enfermeira(o), administre oxigênio, conforme prescrito e monitore a resposta do(a) paciente (SpO2)
– Enfermeira(o) (ou familiar, caso tenha no domicílio um oxímetro de pulso), conforme o escore total de alerta precoce, monitore a saturação de oxigênio, observando se a evolução permite continuar no domicílio, na Atenção Básica ou ir para a UTI.
Fonte:
https://advisor.lww.com/lna/pages/printPage.jsp
https://litfl.com/coronavirus-disease-2019-covid-19/